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Em carta ao DN, Ana Julia esclarece ataques contra seu governo

A governadora do Pará, Ana Julia Carepa, enviou carta ao Diretório Nacional para esclarecer uma série de ataques que ela vem sofrendo via imprensa. Confira a íntegra:

Companheiras e companheiros,

Nas últimas semanas, passei a ser alvo de uma série de ataques pessoais que partem de pessoas inconformadas com a minha vitória nas eleições de 2006, quando fui eleita a primeira mulher a governar o Pará.

Cabe esclarecer:

1. Não existe nenhuma pessoa nomeada na administração pública do estado do Pará em razão de vínculos de parentesco com a governadora. Todos os membros da minha família que fazem parte dos quadros do Estado ingressaram no serviço público por concurso. Não há, portanto, prática de nepotismo por parte da governadora. Esse princípio, aliás, sempre pautou a minha vida pública.

2. A acusação de nepotismo envolvendo meu ex-marido, meu ex-cunhado e a ex-mulher do meu ex-cunhado (sic), além de ridícula do ponto de vista jurídico, ignora, propositalmente, que todos são militantes históricos do Partido dos Trabalhadores.

3. Ao contrário do que é divulgado, nosso governo já diminuiu em mais de 400 o número de assessores especiais. O erro administrativo na contratação de serviços necessários ao atendimento da chefia do Poder Executivo, como o pagamento a uma cabeleireira e a uma médica dermatologista, foi corrigido assim que detectado. Por determinação legal, o Estado sempre atendeu serviços necessários à imagem do chefe do Poder Executivo. Agora que o Pará é governado por uma mulher, de esquerda, a mídia resolve tratar tal fato como uma irregularidade.

4. Em nosso governo diminuiu-se drasticamente o uso de aeronaves fretadas. Pela primeira vez em muitos anos o chefe do Poder Executivo do Pará tem utilizado corriqueiramente aviões de carreira ou de propriedade do Estado para seus deslocamentos. As únicas viagens oficiais em avião fretado foram feitas por determinação médica, já que me recuperava de uma segunda cirurgia no joelho direito, que me impossibilitava, inclusive, de flexionar a perna.

5. Não possuo imóvel próprio e moro em apartamento alugado até a presente data. Laudos da Secretaria Executiva de Obras Públicas e da Casa Militar comprovam que a residência oficial do Governo do Estado encontra-se em absoluto estado de deterioração e não apresenta as mínimas condições de segurança. Diante dessa situação, a Casa Militar recomendou o aluguel de uma residência.

O que incomoda os meus detratores é o compromisso do nosso governo com setores historicamente excluídos por políticas públicas que transformaram o Pará em feudo dos interesses de poucos.

Distorções e calúnias sobre a vida pessoal da governadora passaram a ser mais importantes que iniciativas como o decreto que isentou de ICMS o consumo de energia elétrica. Essa decisão beneficia mais de 3 milhões de pessoas e vai promover uma transferência de renda da ordem de R$ 28 milhões/ano a paraenses pobres e excluídos pelos governos anteriores.

Os detratores do nosso governo também não se conformam com a decisão de reconhecer a culpa do Estado pela morte de 19 trabalhadores rurais sem-terra no episódio que ficou conhecido como Massacre de Eldorado do Carajás. Entre os que nos atacam estão os responsáveis por este triste ato que manchou a imagem do Pará perante o Brasil e o mundo.

Também contrariam interesses a postura intransigente do nosso governo no combate a crimes ambientais, ao trabalho escravo e infantil, à sonegação fiscal e em defesa de um novo modelo de desenvolvimento para a Amazônia.

Tal como ocorreu com o presidente Lula, a onda de acusações infundadas começou muito cedo. Mas, a exemplo do presidente, não vamos nos acovardar. Pelo contrário, as ofensas nos estimulam a empreendermos com mais determinação as ações que mudarão a realidade sofrida do povo paraense.

Todos conhecem meu compromisso com os princípios éticos e com o programa histórico do Partido dos Trabalhadores.

É hora de mantermos a unidade e de rechaçarmos esta ofensiva de baixarias.

Belém, 20 de abril de 2007.

Ana Julia Carepa

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