A Marcha Mundial das Mulheres, desde o seu surgimento em 2000 até agora, vem se consolidando como uma articulação feminista internacional. Tem como seu ponto forte a organização de uma ampla mobilização e a construção de uma agenda anti-capitalista e de caráter feminista, enfrentado o desafio desta construção com as mediações que se impõem frente às várias diferenças culturais e políticas.
No Brasil e na América Latina, de forma mais contundente, a presença da Marcha Mundial de Mulheres significou recompor um campo de esquerda no movimento de mulheres, que tem propiciado a aglutinação de vários setores das mulheres organizadas em torno de suas reivindicações, uma ampliação da composição do movimento e uma permanente mobilização. Além disso, se coloca como parte do movimento anti-globalização, constrói alianças e articulação com outros movimentos, processos e campanhas, tais como o Fórum Social Mundial e a luta contra a Alca e a OMC.
A DS tem uma importante participação nesse processo da MMM, que se tornou efetivamente um espaço de militância para as mulheres que querem se engajar na construção de uma política feminista. Essa articulação é uma vertente fundamental para a reconstrução de um movimento feminista anticapitalista e se insere na luta mais geral pela superação do neoliberalismo. É parte de nossas tarefas contribuir para que esse movimento assuma um caráter socialista e para que as mulheres sejam protagonistas do processo de rearticulação da luta socialista.
Em 2005, a MMM está organizando um conjunto de ações internacionais e no Brasil seguirá com a campanha pela Valorização do Salário Mínimo. A Ofensiva contra a Mercantilização do Corpo e da Vida das Mulheres, na qual se insere a luta pela descriminalização e legalização do aborto, tem como eixo geral a luta contra o livre comércio.
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