Do Blog da MMM
Hoje (28) pela manhã, no terceiro dia de atividades do 9º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), foi realizada a Conferência “Trajetórias teóricas e correntes do feminismo”. Durante o debate, a socióloga Maria Lúcia Silveira, que atua na Secretaria de Políticas para as Mulheres do município de São Paulo, e a professora Georgina Alfonso, da Universidade de Havana, em Cuba, enfatizaram a necessidade de ter uma maior ligação entre a teoria feminista e a prática feminista.
Georgina Alfonso defendeu a construção de um socialismo revolucionário de luta, de ação e de pensamento que esteja integrado ao feminismo. “Tem que haver uma maior convivência e mais integração entre a teoria revolucionária que vivemos e a prática revolucionária que fazemos. Entre a teoria socialista que vivemos e a prática revolucionária que fazemos”, afirmou.
Georgina lembrou também da necessidade de manter a coerência e construir uma teoria que dê respostas as práticas sociais. Ainda segundo ela, o feminismo discutido hoje não está sendo construído para as futuras gerações, “Mas primeiramente para nós mesmas”.
Para Maria Lúcia o papel de toda teoria feminista, como de toda crítica, é fazer ver. “Nesse sentido, a teoria feminista tem que formular um olhar crítico que as teorias convencionais sequer são capazes de distinguir e que são imperceptíveis para a teoria convencional”, afirmou.
Para isso, segundo Maria Lúcia, a teoria feminista precisa estar junto dos movimentos sociais. “Eles nos impõem reflexões advindas das práticas e possuem a capacidade de nomear questões que levam outros sujeitos e outros atores sociais a romperem seus paradigmas. Damos uma legitimidade que por sua vez alimenta novamente nossas práticas a partir dos horizontes abordados nos desafios teóricos”.
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