O golpe está em curso. As forças de direita que afastaram a presidenta Dilma voltam-se contra Lula, contra o PT, contra a esquerda e contra os movimentos populares. Precisamos defender dura e corajosamente o projeto histórico do Partido dos Trabalhadores. A melhor defesa é enfrentar o golpe e as suas medidas de desmanche dos direitos sociais, mobilizar em defesa do ex-presidente Lula e mudar imediatamente os rumos do PT para que o partido esteja à altura do novo período da luta de classes no Brasil, na América Latina e no mundo.
A derrota política que sofremos com o golpe, de dimensões estratégias para nosso projeto nacional e internacional, impõe uma profunda reflexão sobre a reorganização da esquerda brasileira para o enfrentamento ao Estado de exceção que se configura de forma acelerada, sobre a renovação de nosso projeto político e sobre as perspectivas de futuro da luta socialista no Brasil.
O golpe iniciado com o afastamento criminoso da Presidenta Dilma se consolida com a retirada de direitos fundamentais da classe trabalhadora através de uma maioria parlamentar e judiciária que retoma a agenda neoliberal dos anos 90 e a impõe de forma avassaladora, como fez nas votações de entrega do pré-sal e da PEC 241 na Câmara dos Deputados e nas recentes decisões do STF.
Passadas as eleições municipais, não há tarefa mais necessária e urgente ao PT do que convocar sua militância ao debate sobre o nosso projeto político, com a imediata instalação dos trabalhos do VI Congresso Nacional do PT. Essa mobilização não deve fazer uso de instrumentos que reproduziram na história recente de nosso Partido alguns dos piores vícios do sistema político que lutamos para reformar, como o PED – Processo de Eleições Diretas. Defendemos um Congresso pra valer, que tenha plenos poderes para ouvir a base do partido, mudar seus rumos e sua direção. É com este sentido de urgência que defendemos que o PT deve lutar para reconquistar o apoio da classe trabalhadora renovando sua estratégia, programa, organização e direção partidária.
O MUDA PT e as correntes que o compõem têm batalhado nesta direção, mas entendemos que essa é uma tarefa para além dos nossos próprios coletivos e militantes. A democracia interna é cada vez mais decisiva, inclusive para combater vícios burocráticos arraigados que se sobrepõem aos anseios do partido. A participação militante é fundamental! É uma tarefa para o conjunto do PT.
Por isso, convocamos um encontro nacional de militantes que querem mudar o PT para os dias 2 e 3 de dezembro, em Brasília. Um encontro que debata os desafios para que o PT volte a ser capaz de representar as mais generosas utopias e perspectivas de lutas socialistas e democráticas para o povo brasileiro.
Muda PT
Articulação de Esquerda, Avante S21, Esquerda Popular Socialista, Mensagem ao Partido, Militância Socialista
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