“Fiquei emocionada com o debate. Parecia que muitas falas eram diretamente para mim. Foi um crescimento muito grande”, avalia Paula Cristina, da Associação Odum Orixás, de Belo Horizonte. O Encontro Nacional das Mulheres em Luta pela soberania alimentar e energética, que terminou ontem (31/08), foi o primeiro de Paula, e ela espera ser o primeiro de muitos.
Nalu Faria, da coordenação do encontro pela Marcha Mundial de Mulheres, aponta que o interesse das mulheres pelo tema debatido foi um dos pontos positivos. “A questão energética e alimentar é estratégica e está ligada ao trabalho cotidiano das companheiras. O encontro mostrou que existem alternativas, que as coisas não estão dadas, e que as mulheres podem se envolver e se fortalecer cada vez mais com as lutas concretas”, completa
Outro ponto destacado por Nalu é a construção da unidade entre as mulheres de diversas organizações do campo e da cidade, mesma opinião é compartilhada por Soniamara Maranho, da coordenação pelo Movimento dos Atingidos por Barragens. Segundo ela o encontro contribuiu para unificar a estratégia dos movimentos, o conceito de feminismo e avançar na qualificação das lutas. “Avançamos para a construção de um projeto popular, a partir da organização das mulheres da classe trabalhadora”, finaliza.
Por fim, Lourdes Vicente, da coordenação do encontro pelo Movimento Sem Terra afirma: “Aqui, nós percebemos que os problemas vivenciados pelas mulheres da cidade são os mesmos vivenciados pelas camponesas. A questão energética e alimentar é comum às nossas companheiras. Para tanto, nada melhor que lutas unificadas e nesse sentido foram apontadas algumas lutas para o próximo período, a partir da necessidade de as mulheres se organizarem para enfrentar a realidade”,
Fonte: www.sof.org.br/encontro
Comente com o Facebook