Jornal DS – 19. Chapa vitoriosa expressa mudanças no PT.
O Congresso Estadual da CUT-RJ terminou no último dia 21 de maio com uma importante vitória da CSD (CUT Socialista e Democrática): a eleição de Neuza Luzia Pinto para a presidência da Central e a consolidação de um campo político que representa as mudanças que vem sendo construídas no PT.
Desde o PED, e mais recentemente no Encontro Estadual do PT, vem ganhando força, no estado, uma posição política que reorienta os rumos do partido. O lançamento da candidatura de Vladimir Palmeira ao governo e a definição de um arco de alianças em torno dos partidos de esquerda para as eleições deste ano foi possível pela unificação de setores da esquerda do partido, pelo deslocamento de setores do antigo campo majoritário, e principalmente, pela divisão no interior da Articulação.
A necessidade de reorientar os rumos da CUT-RJ foi o centro da preocupação de um campo político petista que expressava, no congresso, esse processo. Essa chapa apresentou a companheira Neuza (Sintufrj) candidata a presidenta. A Articulação Sindical se dividiu em duas chapas, sendo que uma das quais retirou sua candidatura à presidência para somar-se à chapa construída pela CSD.
Tempo de mudança. A nova presidente da CUT/RJ, Neuza Pinto, discursa
no Congresso da Central.
Agora, a CUT-RJ passa a ser dirigida pelos setores que coordenam os mais representativos sindicatos do estado. Destaca-se, entre eles, o Sepe – Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação -, com uma representação de aproximadamente 25% do Congresso. O Sepe passa, agora por um processo eleitoral acompanhado de um plebiscito sobre a permanência de sua filiação à CUT, e precisa de uma Central forte e unificada para se defender do divisionismo.
Cabe, agora, ao conjunto dos militantes cutistas no Rio organizar o combate que se aproxima. Nas palavras da nova presidenta da CUT-RJ: “A disputa interna se encerra aqui. A partir desta segunda-feira, é tarefa de todos e de todas fortalecer a unidade do movimento contra o retorno da direita e contra os ataques do divisionismo esquerdista. A CUT retornará às ruas, mobilizando a classe trabalhadora contra o seu verdadeiro inimigo: o neoliberalismo”.
Leia mais:
– 0 9° CONCUT e um tempo de possibilidades. [Link Indisponível]
Comente com o Facebook