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Marcha da Democracia relembra o golpe militar e suas consequências

Nesta segunda-feira, dia 1° de abril, o Golpe militar de 1964 completou seus 60 anos. Para marcar a data, foi chamada a Marcha da Democracia, um evento que fez o caminho inverso ao que fez o General Olympio Mourão Filho há 60 anos, quando foi de Juiz de Fora até o Rio de Janeiro para destituir o então presidente João Goulart.

Foto: Divulgação Instagram

A Marcha foi organizada por diversas entidades e órgãos, como a prefeitura de Juiz de Fora, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), o Conselho de Direitos Humanos (CDDH) de Petrópolis, a Ordem dos Advogados do Brasil e diversos outros.

 O evento, também chamado de “marcha reversa”, contou com diversos ativistas que partiram do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Zona da Mata Mineira para se encontrar com familiares do ex-presidente João Goulart e parentes de outras personalidades que fizeram a história da resistência democrática naquela época. Do Rio de Janeiro, foram quase 180 quilômetros até as caravanas se encontrarem na Praça Antônio Carlos, no centro da cidade de Juiz de Fora.

“Não podemos deixar de relembrar e rememorar aquelas e aqueles que lutaram para nos livrar da Ditadura Militar no Brasil. Foram mais de 50 mil pessoas perseguidas, com centenas de mortos e desaparecidos. Hoje seus familiares estão aqui para dizer a todos e a todas que não podemos permitir novas tentativas de golpe.” – Manifestou a Prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, em suas redes sociais enquanto acompanhava o evento.

Foto: Divulgação Instagram

A Marcha, que iniciou às 8h da manhã, fez duas paradas simbólicas: Na cidade de Petrópolis, entregou 100 quilos de leite em pó para serem distribuídos pela Defesa Civil aos atingidos pelas chuvas. Já na divisa dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, ocorreu um ato simbólico na ponte do Rio Paraibuna.

No ato em Juiz de Fora, o filho do ex-presidente Jango, João Vicente Goulart, relembrou o período da ditadura como uma triste noite de 21 anos. “Não queremos mais a tutela de militares”, acrescentou João Vicente, criticando também a “ameaça do sistema rentista”, que impede o desenvolvimento brasileiro com justiça social. “Esta pátria tem dono. É o povo brasileiro, que precisa reconquistar seus direitos. Como dizia Jango, a praça pública é do povo e só ao povo pertence.”

Veja mais sobre a Marcha em matéria do Tribuna de Minas, clicando AQUI.

Redação DS com informações de Rede Brasil Atual, Prefeitura de Juiz de Fora e Tribuna de Minas.

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