Movimento Popular entrega ao presidente Lula e a Hugo Mota resultado parcial do Plebiscito Popular

Janaína Meazza

O resultado mostra apoio massivo a isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil

Foto: Ricardo Stuckert

Nesta terça-feira, o movimento popular organizado viveu um dia decisivo na pressão pela pauta da classe trabalhadora no Congresso Nacional. Em uma ação estratégica, representantes da sociedade civil entregaram os resultados parciais do Plebiscito Popular primeiro ao presidente da Câmara, Hugo Mota, e, à tarde, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ponto central da agenda foi a apresentação dos dados da consulta, realizada às vésperas da votação de um projeto que trata da isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 e da taxação de rendas acima de R$ 50 mil.

O plebiscito, construído com intensa participação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de diversas entidades, foi pensado como uma ação didática e um exercício de democracia. O objetivo era claro: demonstrar de forma incontestável a vontade popular sobre temas que impactam diretamente a vida da classe trabalhadora.

Os resultados foram categóricos. Do total de 1,2 milhão de participantes, 97% disseram “SIM” a um conjunto de medidas que inclui:

  • Isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000.
  • Taxação para quem ganha mais de R$ 50.000.
  • Fim da escala de trabalho exaustiva 6×1.
  • Redução da jornada de trabalho.

“O povo deve ser ouvido. E esse projeto, que é uma promessa de campanha do governo Lula, deve ser aprovado pelo Congresso. É isso que o resultado parcial do plebiscito popular demonstra que o povo quer”, afirmou Milton Rezende, dirigente da CUT Nacional e integrante da executiva do plebiscito.

A entrega dos documentos foi vista como uma reafirmação de uma agenda popular que clama por avanços sociais. A mensagem transmitida é de que há um mandato claro vindo das bases, pressionando para que as promessas de campanha se transformem em lei.

O momento é considerado crucial, pois o governo busca costurar os votos necessários para aprovar a reforma tributária, com foco na desoneração da massa trabalhadora e na justiça fiscal.

Para as centrais e movimentos sociais, o dia simbolizou a força da mobilização popular. A agenda do povo, expressa em mais de um milhão de votos, foi formalmente colocada na mesa dos principais tomadores de decisão do país. O recado foi dado: a base da sociedade está vigilante e cobra ações concretas em defesa da classe trabalhadora.

Janaína Meazza é assessora na CUT 

Compartilhe nas redes:

Imprimir: 

POSTS RELACIONADOS: