Muda PT, Lutar é o Caminho. Lula 2026! Chapa 290

A travessia histórica que o Brasil enfrenta exige coerência programática e mobilização popular.

O Partido dos Trabalhadores completa 45 anos em um cenário de devastação neoliberal e avanço da extrema-direita, resultado da crise do próprio capitalismo global. O empobrecimento das massas, o autoritarismo, a destruição ambiental e a fragmentação social são frutos diretos do modelo neoliberal que concentrou riqueza, destruiu direitos e esvaziou a democracia.

A lógica da austeridade, do rentismo e da privatização cria terreno fértil para soluções autoritárias, que buscam consolidar, à força, uma ordem econômica cada vez mais excludente. Combater o bolsonarismo e seus aliados, portanto, não é possível sem confrontar frontalmente o sistema que os sustenta: o neoliberalismo.

A tarefa estratégica do PT no próximo período é construir a vitória em 2026 com um programa democrático de superação do neoliberalismo. Essa vitória só virá como expressão de uma maioria popular mobilizada para superar o neoliberalismo e defender um modelo democrático de sociedade. É hora de fazer escolhas. Não há espaço para rebaixamentos programáticos em nome de alianças com as elites ou da “governabilidade” sem o povo e que serve ao mercado.

O governo Lula, eleito em 2022 com apoio das classes populares, enfrenta um cerco permanente do Congresso conservador e do sistema financeiro. As promessas de mudança esbarram em mecanismos do neoliberalismo, tais como o arcabouço fiscal e a autonomia do Banco Central. A manutenção de juros escandalosos e a limitação do investimento público sufocam as possibilidades de reconstrução social. É preciso romper com essas amarras.

O PT precisa se transformar. A reconstrução do partido é inseparável da luta por um novo projeto de país. Um partido forte, combativo e enraizado nas lutas sociais é condição para

sustentar qualquer governo que se proponha a enfrentar o neoliberalismo e impulsionar uma revolução democrática. O PT, portanto, deve cumprir a sua vocação de ser capaz de organizar politicamente as classes trabalhadoras.

Essa transformação passa por romper com a lógica institucional e retomar o vínculo com os territórios. Os núcleos de base precisam ser reorganizados com autonomia e força política. Trata-se de fazer do partido uma presença viva nas periferias, bairros, escolas, locais de trabalho, nos roçados e nos campos — onde o povo vive e luta.

A vida militante deve ser reanimada com atividades políticas, culturais e formativas. Os núcleos e comitês locais devem ser espaços de escuta, debate e ação. É neles que se constrói a resistência cotidiana ao neoliberalismo — na luta por moradia, por transporte, contra a violência, em defesa do meio ambiente, pela reforma agrária, pela saúde e educação públicas e trabalho digno: Fim da jornada 6×1! Redução da jornada de trabalho sem redução de salário!

Em tempos de desinformação e manipulação, é preciso criar consciência crítica, preparar militantes numa perspectiva contra-hegemônica. Sem formação, não há organização. E sem organização, não há luta de verdade. A comunicação do partido precisa ser popular, direta e voltada para a disputa nas redes e nas ruas.

É necessário romper com a burocratização que enfraquece a participação e engessa o debate. A democracia partidária precisa ser revitalizada com mais poder para as bases, instâncias deliberativas reais e plebiscitos internos.

A independência política do partido passa também por sua independência financeira. A retomada da campanha de autofinanciamento e a busca ativa por novas filiações são estratégias centrais para reconstruir o PT como partido de massas. A filiação deve significar engajamento real na vida partidária.

A rearticulação com os movimentos sociais é essencial. Um partido popular não sobrevive sem os sindicatos, os movimentos feministas, de juventude, de luta por moradia, dos povos indígenas, dos sem-terra e do povo negro. É nessa aliança entre política e movimento que se constrói força para enfrentar o sistema. O PT deve ser ponte entre o governo e o povo, mas também canal de pressão social, organizador de lutas, espaço de resistência e esperança.

A luta contra a extrema direita passa necessariamente pela derrota do neoliberalismo. A direita brasileira não sobrevive sem a política de arrocho, sem a captura do orçamento público pelos bancos, sem o discurso do Estado mínimo. Por isso, combater o bolsonarismo exige defender um novo modelo econômico, centrado na redistribuição da riqueza, na

soberania nacional, na justiça social e na centralidade da vida. Pela isenção do IR para até R$ 5 mil e taxação das grandes fortunas!

O Brasil precisa de reformas profundas: tributária, agrária, urbana, trabalhista, política e ambiental. É necessário enfrentar o rentismo, taxar os super-ricos, fortalecer o SUS, valorizar o salário mínimo, proteger os povos e os ecossistemas. Essas reformas não virão por consenso, mas pela luta. E o PT deve liderá-la.

É tempo de reavivar a esperança!

Vencer em 2026 depende de mobilizar essa esperança, com coragem e radicalidade. O PT deve, novamente, estar presente na luta institucional e na luta social. Voltar a ser um partido anticapitalista das classes trabalhadoras em sua unidade e diversidade. Um partido feminista, antirracista, antiLGBTfóbico que desperte as novas gerações para a luta pela emancipação humana. E que assuma um programa ecossocialista com consequências imediatas na redução da matriz energética do petróleo e eliminação dos agrotóxicos.

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