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O DIA 13 É DIA DE LUTA POR MAIS DIREITOS E CONTRA O RETROCESSO

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Rosane Silva, Dirigente da CUT

ENTREVISTA

DS: As mobilizações no dia 13 de março já estão marcadas em 26 capitais do país. Qual sua avaliação sobre essa grande adesão?

Rosane Silva: Existe uma forte polarização na sociedade brasileira, que alcançou seu auge na eleição presidencial de 2014. A presidenta Dilma foi eleita com o apoio dos principais movimentos sociais. Sua campanha conseguiu levar para as ruas milhares de novos e antigos militantes em defesa da continuidade do projeto de desenvolvimento executado pelos governos do PT. Hoje, defender esse projeto é lutar por mais direitos, defender a Petrobrás, a democracia e a urgente reforma política. Queremos que a agenda do desenvolvimento seja retomada. Para tanto, é necessário alterar o rumo da política econômica que vem sendo conduzida pelo ministro Joaquim Levy. Os cortes orçamentários vão na contramão do crescimento econômico, da garantia e expansão dos direitos do povo brasileiro e não estão respaldados pelo programa vitorioso nas urnas em 2014.

DS: O dia 13 é um contraponto às mobilizações que estão sendo convocadas por setores de direita para o dia 15 de março?

RS: Nossa mobilização nesse dia 13 é para a vitória desse projeto, não para derrotar o governo. Esses que querem derrotar o governo são os mesmos que já foram derrotados democraticamente pela maioria do povo brasileiro. A grande mídia de negócios e os partidos derrotados nas urnas estão fortemente engajados nessa mobilização de caráter explicitamente golpista. A manifestação do dia 15 é um contraponto ao projeto vitorioso, representado pela presidenta Dilma. Portanto, os atos convocados pelos movimentos sociais se contrapõem aos riscos de retrocesso, não às manifestações da direita conservadora.

DS: A convocação das mobilizações por direitos, democracia, reforma política e em defesa da Petrobrás é protagonizada pela CUT e outras centrais sindicais, MST, UNE, Marcha Mundial das Mulheres, MTST e mais um conjunto de outras organizações. Essa iniciativa pode significar uma vida mais orgânica da frente social e política unificada em torno da campanha da reeleição da presidenta Dilma?

RS: Estamos num novo momento para os movimentos sociais no Brasil e no mundo. A unidade e a formação de frentes políticas de esquerda tem sido a tônica do enfrentamento à crise mundial em diversos lugares do mundo. Aqui, a unidade se dá em torno de bandeiras concretas, como a reforma política, por exemplo. O que unificou o conjunto da frente social e política em outubro de 2014 foi a rejeição à possibilidade de retorno ao neoliberalismo. Na eleição, tínhamos um combate aberto nas ruas. Corações e mentes estavam mobilizados. Passada a eleição, as estruturas de mobilização eleitoral, o horário gratuito de rádio e tevê e os posicionamentos diários da nossa campanha não existem mais. Mas o ritmo de disputa da direita, dos setores mais conservadores e do mercado financeiro internacional continuam fortemente. A responsabilidade dos movimentos sociais é ainda maior. Precisamos sim consolidar essa frente de esquerda, engajá-la na defesa do nosso projeto. Hoje, defender esse projeto é pressionar pelas mudanças na política econômica, é defender a reforma política, é manter os golpistas no lugar de derrotados.

O ciclo que iniciamos no Brasil a partir de 2003, com os governos Lula e Dilma tem revolucionado a vida do povo trabalhador com inclusão social, direitos e dignidade, estamos nas ruas para defender a revolução democrática que estamos realizando no nosso país.

O dia 13 é dia de luta. Luta por mais direitos e contra o retrocesso e o golpismo.

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