Democracia Socialista É uma tendência interna do Partido dos Trabalhadores.
O objetivo deste texto é apresentar o que é a DS para os fliados(as) ao PT, em especial, para as novas gerações que ingressaram no Partido e a juventude da esquerda brasileira que não viveu as primeiras décadas dessa rica e particular experiência de construção partidária.
Essa reflexão é também uma homenagem aos 40 anos de existência do PT (1980/2020) que se completa no próximo ano. Uma reflexão que sabe que as lutas sociais e as organizações de esquerda são seculares, mas que busca resgatar as especificidades e as características próprias dessa trajetória particular. É, também, uma homenagem a todos os companheiros e companheiras que junto à construção do PT compreenderam a necessidade de sua democracia interna e da luta permanente por uma estratégia socialista, razão de ser da nossa corrente política, tendência interna do PT, a Democracia Socialista.
Nascemos um pouco antes do PT. Assumimos essa denominação no fnal de 1979, após vários anos de luta e resistência durante a ditadura cívico–militar (1964-1985) nos espaços que existiam e/ou conquistávamos dentro do regime de exceção. Mas desde 77 estivemos engajados e comprometidos nos movimentos sociais e sindicais, na imprensa alternativa, nas brechas da institucionalidade, assumindo o Movimento pró-Partido dos Trabalhadores.
Neste momento, em que alcançamos quatro décadas de luta política na resistência a uma ditadura, na conquista de espaços democráticos, no acúmulo de experiências legislativas e administrativas, na situação e na oposição, vivemos um dos maiores desafios da luta popular e socialista: resistir e vencer o mais autoritário e ideológico ataque do neoliberalismo mundial no qual as forças capitalistas abandonam de forma explícita qualquer compromisso com a democracia e as conquistas civilizatórias do século XX como a tolerância, os direitos universais do homem e a igualdade social.
Mais do que nunca, essas bandeiras devem estar nas mãos dos trabalhadores e do povo. Mais do que nunca exige-se da esquerda a luta concreta e conscientizadora de que a classe capitalista não quer e não garante a democracia e os direitos sociais.
Essa democracia substantiva, participativa, igualitária será obra da conquista de uma democracia socialista.
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