Na última sexta-feira (9) a Coordenação Nacional da DS se reuniu no Hotel San Raphael, em São Paulo, para debater o cenário das eleições municipais deste ano e elaborar o texto-base para a Plenária Nacional da corrente.
A Plenária, que a princípio aconteceria no primeiro semestre deste ano, foi adiada em razão do calendário eleitoral e do grande número de compromissos da militância no período – congressos estaduais e nacional da CUT, encontros setoriais do PT. Com isso, a Plenária Nacional da DS será realizada após o fim do período eleitoral, em data ainda a ser definida pela coordenação.
O debate a respeito da elaboração do texto-base da Plenária foi o ponto que tomou a maior parte do tempo da reunião. O texto, que será divulgado até o final de março, tem como eixos principais a transição para um novo período histórico – iniciado com a crise do modelo neoliberal -, a dinâmica da revolução democrática brasileira e a contribuição da corrente para a elaboração dos programas de governo do PT e para o crescimento do partido nas próximas eleições.
Na resolução de sua X Conferência Nacional, a DS já enxergava na crise econômica internacional – iniciada em 2008 – um processo que marca o fim da longa hegemonia do projeto neoliberal no mundo. Essa visão é reafirmada pela corrente, mas ela entende que o modelo que resultará dessa crise ainda está em disputa.
Para a Coordenação, uma tarefa fundamental para fazer a disputa desse modelo deve ser construir um plano estratégico que contenha os eixos centrais para a atuação da corrente na tarefa de debater e procurar influenciar a forma de atuação do PT, do governo e dos movimentos sociais, no sentido da construção da revolução democrática brasileira – processo que entendemos estar atualmente em curso no Brasil, mas que é cotidianamente disputado com os grupos conservadores que trabalham para que isso não aconteça.
Reunião da Coordenação Nacional
A parte da manhã da reunião foi dedicada a apresentação de um informe sobre a IV Conferência da CSD, que aconteceu entre os dias 2 e 4 de março, e de relatos dos estados a respeito do cenário eleitoral para o pleito municipal de outubro. Já o debate sobre a concretização das estratégias para a construção da revolução democrática brasileira deu o tom da maior parte das intervenções durante a reunião da coordenação, na parte da tarde.
Entre os novos pontos propostos ao texto, se destacam a necessidade abrir uma ofensiva orçamentária para que os gastos com os direitos sociais – saúde, educação, moradia, etc – tenham um maior status no orçamento da União (há espaço para isso na diminuição do superávit primário); a criação de um espaço para pensar qual é o tipo de economia que queremos e para traçar marcos orientadores de transição para uma sociedade socialista, que sirvam de base para nossos gestores públicos fazerem suas escolhas cotidianas.
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