Por Iuri Faria Codas
O primeiro-ministro português Pedro Passos Coelho (PSD) pode ser forçado a renunciar nos próximos dias. Graças a sua política de austeridade – que continua afundando o país em uma recessão econômica -, cortes nas políticas sociais e aumento do desemprego e da pobreza, Portugal viveu, no último dia 27 de junho, uma greve geral de ampla adesão.
Quatro dias depois da greve, seu ministro das Finanças e número dois do governo, Vitor Gaspar, pediu demissão. Em poucas horas ele nomeou para substitui-lo Maria Luis Albuquerque, até então secretária de Estado do Tesouro, que vem sofrendo diversas críticas pela celebração de contratos de “swap” em algumas empresas públicas e está sendo acusada de mentir à Assembleia da República sobre seu alegado desconhecimento do caso. Com essa mudança no primeiro escalão do governo, o ministro de Estado e Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, do partido conservador CDS-PP, principal aliado na coligação com o PSD, passaria a número dois do governo.
Porém, nesta terça-feira (2), Paulo Portas apresentou sua demissão ao primeiro-ministro alegando que o CDS-PP não foi consultado sobre a nomeação pro Ministério das Finanças. As centrais sindicais CGTP (que convocou a última greve geral), UGT, o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista Português e o Partido Socialista já começaram a cobrar eleições antecipadas. Pelas redes sociais, já estão sendo convocadas festas em Lisboa e Porto pra “comemorar o fim do governo”. O primeiro-ministro ainda não deu nenhuma declaração sobre isso.
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