Deputado brasileiro Dr. Rosinha (PT-PR) relata testemunhar “tranqüilidade” nas ruas da capital boliviana. Governo e corte eleitoral dizem não acreditar em distúrbios no domingo (10/8).
O presidente do Parlamento do Mercosul (ParlaSul), deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR), coordenador da delegação de observadores do bloco na Bolívia, acompanhará o referendo deste domingo (10/8) na região de La Paz, capital do país. Ao longo do dia, Dr. Rosinha pretende circular por diversos locais de votação.
Os observadores do Mercosul se dividiram para também acompanhar o referendo em outros três departamentos: Santa Cruz de la Sierra, Cochabamba e Oruro.
“Depois de uma reunião com o vice-ministro de Relações Exteriores da Bolívia e de um encontro com autoridades eleitorais, percebi que tanto o governo quanto o tribunal aparentam tranqüilidade e dizem não acreditar na ocorrência de distúrbios de rua”, informa Dr. Rosinha. “Aqui em La Paz a tranqüilidade nas ruas é tão grande que, em alguns momentos, parece inclusive que não haverá uma eleição nacional no domingo.”
São mais de 22 mil locais de votação em todo o território boliviano. “Apesar do fato de o voto ser obrigatório, a expectativa é de pouco mais de 70% dos eleitores compareçam para votar”, afirma Dr. Rosinha, com base em estimativa revelada pela Corte Nacional Eleitoral (CNE).
Serão oito horas de votação —o horário de abertura e fechamento das urnas é variável, conforme a região do país. A apuração dos votos será feita nos próprios locais das urnas. Conforme o presidente do ParlaSul, a totalização do resultado deve demorar “vários dias”.
Na tarde deste sábado (9/8), os observadores internacionais participam de dois seminários promovidos pela CNE a respeito do referendo e do regulamento da atividade de observação.
Dr. Rosinha é o único parlamentar brasileiro que acompanha o referendo revogatório de mandatos na Bolívia. O ParlaSul enviou à Bolívia parlamentares argentinos, uruguaios, paraguaios e venezuelanos.
O referendo perguntará aos eleitores bolivianos se estão de acordo com a permanência de Morales e de 8 dos 9 governadores do país em seus cargos —seis deles de oposição ao governo nacional.
Conforme as regras do pleito, previstas em lei, seriam necessários 53,7% dos votos para tirar Evo Morales da presidência. A CNE estabeleceu que os mandatos dos governadores serão revogados apenas com mais de 50% dos votos. A legislação, por sua vez, estabelece como parâmetro o percentual de votos obtidos nas urnas, o que facilitaria a perda do mandato dos governadores.
Comente com o Facebook