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PSDB quebra o Paraná e agora quer retirar direitos

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Assembléia ocupada

Maior sindicato do Paraná, filiado à CUT, APP-Sindicato se consolida como símbolo da resistência ao projeto neoliberal no Estado.

Por Luiz Fernando Rodrigues

Diretor de Comunicação da APP-Sindicato
A APP-Sindicato representa hoje uma base de mais de 120 mil trabalhadores(as) da educação pública estadual e municipal do Paraná. É o maior sindicado do Estado. Organizado em 29 núcleos sindicais, tem mais de 80 mil filiados. É coordenado por uma direção de 17 integrantes dos quais 10 são da CSD (Cut Socialista e Democrática).

Desde segunda-feira, educadores(as) do Paraná estão em greve. Deflagrada em assembléia com mais de 10 mil pessoas na cidade de Guarapuava, interior do estado, a paralisação é de 100% das escolas públicas do Paraná. Em pauta o debate sobre projetos de lei enviados pelo governador Beto Richa(PSDB) à Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP) que retiram direitos e destroem as carreiras dos servidores do Estado além de “sequestrar” 8 bilhões da previdência dos servidores para pagar outras despesas.

O governador tucano quebrou o estado que teve aumento de aproximadamente 66% na arrecadação no seu primeiro mandato. Foi reeleito em primeiro turno com quase 55% dos votos. Por trás disso um grande plano de marketing e um investimento da ordem de R$ 400 milhões em comunicação em apenas quatro anos. Hoje o Paraná não consegue honrar compromissos com fornecedores e, principalmente, com os(as) servidores(as).

Beto Richa(PSDB) nomeou como secretário de educação o engenheiro Fernando Xavier Ferreira que atuou no Ministério das Comunicações do Governo Federal na gestão FHC durante o período da privatização da telefonia. Xavier, que não tem experiência alguma com educação básica, desde quando assumiu se nega a negociar com a direção do sindicato.

O dia 12 de fevereiro ficou marcado na história dos(as) trabalhadores(as) da educação do Paraná, quando o “pacote de maldades” do Govenador contra o funcionalismo público foi impedido de ser votado na Assembléia. A heróica resistência dos trabalhadores da educação conduzida pela APP Sindicato, mostrando força no exercício da cidadania de forma organizada e articulada, em meio à tropa de choque, cães adestrados, cassetetes e bombas, foi impressionante. Motivo de muito orgulho para quem está na luta há décadas, participar da demonstração de confiança dos servidores estaduais na organização, na força dos nossos dirigentes sindicais.

A greve continua, pois o governo do Estado deve aos(às) educadores(as) mais de R$ 340 milhões em rescisões de contratos, repasse de recursos às escolas, além de salários e benefícios em atraso. As escolas públicas do Paraná se encontram em verdadeiro caos: faltam recursos, faltam equipamentos, 10 mil funcionários e 29 mil professores temporários foram demitidos. O governo já realizou distribuição de aulas por duas vezes. Cerca de 2400 turmas foram fechadas, gerando superlotação de salas de aulas. Tanto descaso gerou indignação na categoria que desde segunda está paralisada, já ocupou a ALEP durante 3 dias e conquistou a retirada dos projetos que tramitavam na casa.

Seguimos firmes na defesa da educação pública e dos direitos dos(as) trabalhadores(as). O período é de resistência e a APP-Sindicato, com seus 67 anos de história, não irá arrefecer diante dos desmandos do Tucanato.

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