Em quase todos os indicadores socioeconômicos, observamos a ampliação do abismo social entre negro/as e brancos/as com relação ao emprego, renda, escolaridade, acesso à justiça e presença em espaços de poder. O drama social acomete com maior gravidade a população jovem negra, que habita as favelas e periferias desestruturadas, tornando-se presa fácil da criminalidade e sendo tragada e morta pela violência urbana. A situação da mulher negra é ainda mais complexa porque pesa sobre ela uma dupla opressão; o machismo e o racismo.
O Brasil cresce e se desenvolve, promove políticas sociais e afirmativas, mas a desigualdade etnico-racial se amplia. O racismo demonstra sua plasticidade, reciclando-se e demonstrando sua capacidade de determinar lugares e não-lugares dos/as jovens negros e negras.
No último período ocorreu uma ampliação do número de jovens negros e negras que constroem a Democracia Socialista – PT, este aumento é resultado do processo de auto-organização da nossa juventude negra no Coletivo Nacional de Juventude Enegrecer.
A organização dos/as nossos/as jovens negros/as vem alterando significativamente o perfil da militância jovem da Democracia Socialista – PT quando integra em nossos espaços uma juventude de origem popular. Ao mesmo tempo, traz uma nova perspectiva sobre as diferentes dinâmicas organizativas da juventude brasileira.
A construção de uma juventude de massas passa pelo fortalecimento da nova cultura política adotada pela Democracia Socialista, compreendendo o movimento negro como parte importante no processo de edificação de um bloco de forças sociais, comprometidas com os desafios da revolução democrática e da construção de um Estado da solidariedade, feminista e multiétnico.
Este processo dá condição objetiva de atuação ao Coletivo Nacional de Juventude Enegrecer como nossa principal frente de intervenção no movimento de juventude popular. Para o próximo período nos é apresentado o desafio de ampliarmos nossa presença nos diferentes espaços de organização da juventude negra brasileira como os territórios remanescentes de quilombos, movimento Hip Hop, juventude da periferia, comunidades de terreiro e fóruns de jovens negros/as.
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