Foi aberta oficialmente, na noite desta sexta-feira (30), a 1ª Plenária Nacional da DS, que acontece até o próximo domingo (2), em São Paulo. Convidado para a mesa de abertura da plenária, o presidente do PT, Rui Falcão, aproveitou a presença do companheiro Elmano de Freitas – candidato do partido à prefeitura de Fortaleza nas últimas eleições – para dar uma saudação especial aos companheiros e companheiras que participaram da campanha petista na cidade:
“Quero fazer uma saudação especial ao companheiro Elmano, porque ele reflete a campanha mais militante que eu vi na última eleição, em todos os estados que passei. Foi uma campanha aguerrida, corajosa, programática e unitária. Tivemos uma sofrida derrota eleitoral, mas certamente saímos vitoriosos politicamente de lá”, disse.
Muito aplaudido pelos delegados e delegadas da Plenária, quando seu nome foi chamado à mesa, o companheiro Elmano de Freitas aproveitou sua fala para fazer um rápido balanço sobre as eleições municipais de 2012. Para Elmano, é preciso que o PT esteja atento para um novo quadro de disputa política, que não é mais apenas contra os partidos de oposição ao projeto nacional petista:
“Em Fortaleza, como em vários outros lugares do país, vimos que a disputa não se deu apenas entre o PT e seus aliados contra os partidos neoliberais. Em muitos lugares disputamos contra partidos que estão na nossa base. Essa é uma disputa mais complexa. Para o povo é difícil entender as diferenças entre candidaturas que apoiam os governos Lula e Dilma, mesmo que elas tenham grandes diferenças programáticas. Nossos aliados no projeto nacional estão disputando espaço conosco para crescer e o partido precisa saber como lidar com isso”, afirmou.
Elmano fez coro com o presidente do partido ao avaliar positivamente a disputa eleitoral em Fortaleza:
“Começamos a campanha com 2% de intenções de voto e chegamos ao final com chances reais de vencer. Para isso foi extremamente importante ter o PT muito unificado, do ponto de vista real, com militância na rua e com o apoio de todos os setores do partido e das direções nacional e estadual”.
Avançar a revolução democrática brasileira
Já o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, chamou a atenção para a importância da luta pela realização de uma verdadeira reforma política, que diminua o peso do poder econômico nas eleições:
“Tivemos algumas derrotas duras, mas o PT e o governo Dilma saíram bastante fortalecidos das eleições municipais. Os partidos de oposição saíram como grandes perdedores. Se tivéssemos conseguido realizar uma reforma política – com financiamento público de campanha e voto em legenda – as vitórias seriam ainda maiores. O peso do poder econômico ainda é muito grande dentro dos processos eleitorais e isso nos impede de avançar ainda mais na mudança do país”, defendeu.
Para o ministro, a realização de eventos como a Plenária Nacional da DS é fundamental para o avanço programático do projeto nacional petista:
“Depois de 10 anos à frente do governo, podemos dizer que vivemos em outro país. Um país que ainda tem muitas contradições e muitos problemas para serem resolvidos, mas certamente o Brasil de 2012 é diferente e muito melhor do que o Brasil de 2002. Temos conseguido desenvolver um processo de transformações importantes no país, mas precisamos ir além. Queremos nessa plenária aprofundar o debate interno do partido sobre como podemos progredir nas políticas públicas e na política econômica, para que a revolução democrática brasileira possa avançar”, concluiu.
Fizeram parte da mesa de abertura ainda as companheiras, Rosane Silva, diretora de Mulheres da CUT e Liliane Oliveira, diretora de mulheres da UNE, além do companheiro Carlos Henrique Árabe, da Executiva Nacional do PT.
Após a mesa de abertura, foi realizada a mesa de debate sobre a crise mundial, as possibilidade do Brasil e o PT. Participaram da mesa a companheira Nalu Faria, da coordenação da MMM, o deputado federal Dr. Rosinha e Anderson Campos, assessor da CUT e membro do GTn da DS. A mesa foi mediada pelo companheiro Joaquim Soriano, membro do GTn da DS e pela companheira Joanna Paroli, secretária-adjunta da JPT.
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