No Dicionário do pensamento social do século XX, organizado por William Outhwaite e Tom Bottomore, editado em Oxford e vertido três anos depois para o português (1996), há um verbete sobre “crise”. Nele, se lê: “em toda crise os envolvidos confrontam-se com a questão hamletiana, ser ou não ser”. Em …
Leia mais »O general, o médico e o magistrado | Luiz Marques
O rol das relações de um democrata exclui os seduzidos pelos instintos primitivos do neofascismo. Aqueles que reivindicavam o novo iluminismo. Mas adotaram discursos obscurantistas contra a ciência e o conhecimento. Tomavam vacinas na tenra infância (sarampo, caxumba, poliomelite). Agora, disseminam narrativas negacionistas. Pregavam políticas em prol da comunidade. Num …
Leia mais »O ciclo da insanidade à barbárie | Luiz Marques
O vocábulo niilismo aparece no romance do escritor russo Ivan Turguêniev, Pais e filhos, em 1862, época que a servidão foi abolida na Rússia e em que se formou o movimento Terra e Liberdade contra o czarismo. A geração que participou da Revolução de 1905 leu o livro. O niilismo …
Leia mais »A dialética existencial da esquerda | Luiz Marques
O notável legado da Revolução Francesa foi a aspiração pela igualdade, que transformou os súditos (com deveres) em cidadãos (com direitos). O desafio contemporâneo é metamorfosear a igualdade política alcançada em uma paridade social, econômica e cultural. Hoje, tais dimensões exprimem as desigualdades fáticas da sociedade, ao lado das igualdades …
Leia mais »O novo tempo da política | Luiz Marques
Um dos grandes intérpretes do Brasil, Caio Prado Jr., sublinha que a colonização esteve desde o início subordinada ao ritmo de desenvolvimento do capitalismo global. A modernização do país herdou um caráter dependente. Nos anos 1990, o protoneoliberal Fernando Collor de Mello deu a largada nas privatizações e aumentou a …
Leia mais »Os direitos e as big techs | Luiz Marques
No Dictionnaire de philosophie politique, organizado por Philippe Raynaud e Stéphane Rials, o verbete “Droits de l’homme” sublinha que a noção de direitos é inseparável do pertencimento à coletividade, que transfere para o indivíduo um reconhecimento como pessoa moral com direito a ter direitos. Há duas maneiras de abordar a …
Leia mais »Cem dias: imaginação ao poder | Luiz Marques
Para abordar os cem dias do novo governo, há que situar os acontecimentos no tempo e no espaço. Em Como as democracias morrem, Steven Levitsky & Daniel Ziblatt listam quatro indicadores de comportamento autoritário em candidaturas que se apresentam enquanto outsiders em eleições: (1) a rejeição ou relativização das regras …
Leia mais »A odisseia do igualitarismo | Luiz Marques
(Comentário sobre o livro Uma breve história da igualdade, de autoria de Thomas Piketty) Thomas Piketty publicou, em duas décadas, três obras muito importantes sobre a desumanidade no capitalismo: As altas rendas na França do século XX; O capital no século XXI; Capital e ideologia. Cada uma delas contendo quase …
Leia mais »Seis pilares da democracia | Luiz Marques
Após o século XVIII, com a destruição do regime fundado sobre a hereditariedade, o direito divino e os privilégios aristocráticos, a democracia foi vinculada à presunção do governo do povo para o povo. Dois séculos adiante, a Société du Mont-Pèlerin (Hayek, Mises) erigiu a liberdade individual como valor supremo. Desde …
Leia mais »O espectro da infocracia | Luiz Marques
Byung-Chul Han é um sul-coreano que leciona na Universidade de Artes, de Berlim. Ganhou projeção com a publicação de vários ensaios curtos sobre temas contemporâneos. Em Infocracia: digitalização e a crise da democracia, esboça uma descrição do poder sob o regime de informação e processamento de algoritmos com inteligência artificial …
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