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Uma chapa para vencer o neoliberalismo

Jornal DS – 19. Dissociação entre aliança e programa é aspecto negativo no 13º ENPT.

O debate sobre política de alianças no Encontro Nacional do PT polarizou as duas posições básicas que há muito conflagram o partido: alianças eleitorais incluindo partidos de centro e de direita ou alianças apenas com partidos de esquerda. No Encontro, essas duas posições estiveram representadas, respectivamente, pela emenda apresentada pela Articulação de Esquerda (apoiada pela Articulação Unidade na Luta e pelo Movimento PT) e pela emenda da Democracia Socialista (apoiada pelo campo Esperança Militante). A dissociação entre aliança e programa prevaleceu.

A resolução fala em aliança prioritária com partidos de esquerda e movimentos sociais, mas autoriza a coligação com todos os partidos, à exceção óbvia daqueles já proibidos pela verticalização, PSDB e PFL. Sua efetividade será conhecida em breve, mas o estrago na reconstrução da identidade de esquerda do PT é grande.

Dias depois do Encontro, o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, e o ministro Tarso Genro foram à procura do PMDB para propor a aliança nacional, intenção que se mostra em conflito com a análise concreta da situação.

Na maioria dos estados, a aliança com o PMDB é improvável ou mesmo inviável (ver texto da página 3). Em outros, há o risco de desestruturar o PT. A repercussão do esforço aliancista da direção nacional do PT implicou em colocar as candidaturas estaduais do partido numa situação bastante desconfortável. Além disso, não ajudou nas negociações com os partidos que a resolução quer priorizar, uma vez que estes ficaram impactados com a “prioridade” dada ao PMDB.

A aliança nacional provável e desejável é com PC do B e PSB. É ela que deve se generalizar também nos estados. Agora, é o momento de compor a coordenação nacional da campanha com os partidos coligados e avançar no programa de governo.

 

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