Do Opera Mundi
Na noite da última sexta-feira (29), o partido Libre (Liberdade e Refundação) apresentou o informe que prometera sobre as eleições gerais do último domingo. A candidata presidencial, Xiomara Castro, disse que o documento tinha inúmeras provas da “asquerosa monstruosidade com a qual estão roubando do povo a Presidência da República”.
Emocionada, a esposa do ex-presidente Manuel Zelaya reiterou que o Libre não aceitará os resultados “enquanto não for permitida a entrada no sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)”. Ela ainda reivindicou a revisão, ata por ata, das 16.093 mesas receptoras.
Com 95,29 das mesas apuradas, o candidato governista, Juan Orlando Hernández, mantém vantagem de quase oito pontos percentuais sobre Xiomara Castro.
Além do Libre, o PAC (partido anticorrupção) também não aceita a contagem do TSE por considerar que houve graves irregularidades. Missões internacionais, como a do ex-juiz espanhol Baltasar Garzón, também detectaram fraudes.
Em entrevista exclusiva a Opera Mundi, um dos delegados da UE (União Europeia), Leo Gabriel, contou sobre a existência das divergências internas na missão.
O Libre argumenta que, nas 14.593 mesas que recebeu cópias em papel, deixaram de ser contabilizados 55.720 votos seus. O Partido Nacional, de Hernández, por sua vez, teria tido 82.301 votos a mais. De acordo com o relatório do partido de Xiomara, fundado por movimentos de resistência ao golpe de 2009 contra Zelaya, “as fraudes atingiram um volume de 883.140 eleitores”.
“Nossa vitória está senda roubada por quem transformou o sistema eleitoral em uma farsa. Os juízes aceitaram o triste papel de falsificadores dos atuais governistas. Exigimos apurar publicamente cada uma das urnas com inconsistência”, afirmou Xiomara ontem.
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