
O pensamento marxista de maior potência e irradiação histórica no século XX foi escrito em resposta à ascensão do fascismo, vinculando definitivamente o futuro da esquerda à sua capacidade de construir hegemonia na república democrática, de atualizar historicamente os valores da tradição do humanismo e de ser a expressão mais alta da aspiração humana à liberdade.

“O PT é a última trincheira de resistência ao fascismo, a força política capaz de oferecer uma alternativa para a maioria da população, o partido que sobreviveu ao linchamento diário dos últimos anos conservando a referência de quase 30% do eleitorado brasileiro”.

É isso que chamamos fascismo. Quando a caixa do fascismo se abre – sob o manto do patriota “Brasil (ou Alemanha, ou Itália, ou EUA…) acima de tudo”, com a apropriação de símbolos nacionais, com camisas pretas ou amarelas, com carrões adesivados… – essa coisa feia que é a violência política se espalha e toma conta de tudo. E depois, é muito difícil fazer isso retornar de onde veio. E ela pode atingir você e seus familiares também, mesmo você, que é entusiasta do 17 como solução para o país. Isso não tem controle.

O Brasil vive hoje a maior ameaça mundial iminente da instalação de um governo fascista, após a destruição de sua democracia. É preciso compreender este fenômeno novo inscrito no caos da ordem neoliberal.

Quem definir a agenda neste segundo turno, inserindo-a em uma narrativa coerente, provavelmente será vitorioso. O grande desafio da campanha de Haddad/Manuela é construir esta agenda, potencialmente majoritária, e apresentar-se como quem, representando a herança e o sonho de Lula, é capaz de vencer o grande inimigo dos direitos do povo brasileiro, que é Bolsonaro.

Haddad não pode transformar-se em uma tábua de salvação para o sistema político rejeitado pelo povo, e sim a sua refundação democrática e cidadã, baseada na retomada da esperança e das oportunidades para o país.

Mais discreta, mas mil vezes mais eficiente que o apoio explícito da TV Record, a cobertura do Jornal Nacional esteve no centro das iniciativas para produzir a ofensiva Bolsonaro dos últimos dez dias de campanha no primeiro turno.

Em meio a um processo eleitoral onde o país busca encontrar saídas para a imensa crise que vivemos, o Governo Temer (MDB, PSDB, DEM, “Centrão”, etc.) dá sequência a verdadeira

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma, em carta, que o país está muito perto de decidir entre dois projetos, “o que promove o desenvolvimento e aquele para tornar os ricos mais ricos”. O presidente de honra do PT, que está preso, em Curitiba, acusa que sua candidatura foi cassada “para impedir a livre expressão popular”. Lula reforça a tese petista de que o impeachment de Dilma Rousseff foi um golpe parlamentar e acusa seus responsáveis de, agora, estarem em vias de apoiar o nome “da serpente fascista”: “Foram eles que criaram essa ameaça à democracia e à civilização”.

A candidatura Bolsonaro-Mourão é o casamento da paixão da barbárie com a razão da barbárie e parece ser contra ela que a chapa Haddad-Manuela organizará a sua polarização política contra a continuidade do programa do golpe.
Confira o Guia Interativo da Propaganda Eleitoral.

Em artigo, o cientista político Wagner Romão debate a polarização e a fragilidade democrática no Brasil.

“Não há mais condições de rompermos a crise do sistema eleitoral e partidário sem apontarmos para a sociedade a formação de um bloco sólido, plural, mas unificado em torno de um programa comum que a população se identifique. A eleição precisa ter o caráter pedagógico da identidade com um programa, um projeto de longo prazo, animado por uma Frente política ampla mas com uma coerência programática e objetivos comuns”, defende Raul Pont.

Carta Aberta da Democracia Socialista – Tendência interna do PT – à militância do Partido dos Trabalhadores e ao povo do Tocantins.

Membros da Comissão Executiva Nacional apresentam recurso ao Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores sobre a candidatura de Marília Arraes ao governo do Estado do Pernambuco.