Por Iuri Faria Codas
Em assembleia realizada no dia 10 de agosto, com a participação de mais de 300 delegados, a Confederação Geral de Trabalhadores do Peru convocou para o dia 26 de setembro uma greve geral nacional em defesa dos direitos dos trabalhadores e em rechaço a política econômica do governo. Entre as medidas que prejudicariam os direitos trabalhistas estão a Lei de Serviço Civil (sobre o funcionalismo público) e a Lei de Micro e Pequenas Empresas, que a central sindical afirma que irão prejudicar os direitos à sindicalização, à negociação coletiva e greve.
A realização da assembleia e a convocação da greve geral é resultado das lutas sociais protagonizadas por diversos movimentos sociais nos últimos meses e tiveram seu auge em julho, conforme escrevemos aqui.
Por isso, a assembleia da CGTP contou com a presença de um representante da Federação de Estudantes do Peru, assim como representantes do partido Movimento de Afirmação Nacional e da coligação Frente Ampla. Esses, por sua vez, nas suas intervenções exigiram que o presidente Humala cumpra suas promessas eleitorais e também defenderam uma reforma constitucional.
O principal alvo das críticas foi o Ministro da Economia Miguel Castilla, que a central exige sua renúncia, apontado como o principal responsável pelos projetos antilaborais. Castilla já havia participado do governo de Alan Garcia e é um dos poucos ministros que mantém o cargo desde o início do governo.
Durante a assembleia também levantaram críticas às condições precárias que enfrentam os fiscais de trabalho e médicos (ambas as categorias atualmente em greve), à retirada de atribuições da Petroperu (estatal peruana de petróleo), à possibilidade de privatizarem o serviço social de saúde e à falta de reajustes dos salários e aposentadorias para compensar a alta da inflação.
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