Há um século a Revolução Russa surpreendia o mundo. O levante soviético foi uma promessa libertária e, ao mesmo tempo, dez anos depois, um desenlace cada vez mais ditatorial. As reivindicações de paz, pão e terra, entretanto, ainda compõem os sonhos e as utopias da esquerda que nunca mais seria a mesma depois de 1917. A partir da segunda, 30 de outubro, apresentamos uma série de reflexões que dialogam sobre os legados da grande revolução para nós.
A ideia é a cada dia resgatar parte dos acontecimentos e posicionamentos políticos do processo revolucionário que completa 100 anos nesses dias e refletir sobre sua influência e atualidade para esquerda revolucionária a partir da contribuição de algum companheiro/a. São sempre dois textos curtos, combinando passado e presente. A série segue até a próxima quinta, dia 9 de novembro.
Segunda, 30 de outubro de 2017
A REVOLUÇÃO QUE MUDOU O NOSSO TEMPO
A história é viva e, portanto, tem movimento. Voltar à Revolução Russa, passados cem anos, é retomar os seus sentidos políticos que transformaram todo o planeta.
Leia o capítulo um que inclui o artigo: A questão democrática – Por Raul Pont
Terça, 31 de outubro de 2017
LUTA CONTRA A GUERRA E A FOME
Greves e levantes envolveram as mulheres trabalhadoras e marcaram o começo do processo revolucionário. A participação na Guerra pesava sobre todo o país: muito frio, pouca comida e racionamento de alimentos. Nos meses de fevereiro e março de 1917 elas protestavam contra as jornadas extenuantes de trabalho e as péssimas condições de vida.
Leia o capítulo dois que inclui o artigo: As mulheres na Revolução Russa – Por Tatau Godinho
Quarta, 01 de novembro de 2017
AS TESES QUE CONDUZIRAM À REVOLUÇÃO PROLETÁRIA
Em 6 de março, ainda desde seu exílio em Zurich, Suíça, Lenin tinha enviado este telegrama a seus companheiros que como ele voltavam à Rússia: “Nossa tática: absoluta desconfiança, nenhum apoio novo governo, suspeitemos sobretudo Kerenski, armamento proletariado única garantia, eleição imediata Duma de Petrogrado, nenhuma aproximação de outros partidos. Telegrafar isto Petrogrado”
Leia o capítulo três que inclui o artigo: Nosso Lenin – Por Carlos Henrique Árabe
Quinta, 02 de novembro de 2017
A REVOLUÇÃO AGRÁRIA
O desenvolvimento desigual e combinado do capitalismo russo em finais do século XIX e inícios do Século XX impunha uma série de desafios para uma estratégia revolucionária marxista. Uma das principais era a relação entre a classe operária que lideraria a revolução e o campesinato que é a maioria da população, ou o que é o mesmo dizer, a relação entre os objetivos socialistas e as reivindicações democráticas por terra para quem nela trabalha.
Leia o capítulo quatro que inclui o artigo: O campesinato na Revolução – Por Miriam Nobre
Sexta, 03 de novembro de 2017
O PRIMEIRO GOVERNO SOVIÉTICO
Desde a revolução de fevereiro o país tinha vivido sob dois poderes. Por um lado, o governo provisório que integravam correntes políticas liberais e socialistas. Buscava deter as transformações na conquista do fim da monarquia. Por outro, os sovietes de operários, soldados e camponeses que buscavam realizar as reivindicações mais sentidas das massas do fim da guerra e por terra.
Leia o capítulo cinco que inclui o artigo: Trotsky, hoje – Por Luizianne Lins
Sábado, 04 de novembro de 2017
SOVIET OU ASSEMBLEIA CONSTITUINTE?
Ao longo dos doze meses que correram entre a deflagração da revolução que derrubou o czar em fevereiro de 1917 até janeiro seguinte quando se instala a Assembleia Constituinte, a conjuntura política russa tinha sofrido mudanças dramáticas.
Leia o capítulo seis que inclui o artigo: Economia da Transição Socialista – Por Claudio Puty
Domingo, 05 de novembro de 2017
REVOLUÇÃO SOCIALISTA E PAZ
Em 03 de março de 1918, a Rússia decidiu deixar a Grande Guerra. Tratava-se de uma reivindicação do processo revolucionário. Entre as três primeiras medidas do II Congresso dos Soviets depois da tomada to poder em 25 de outubro esteve o “Decreto sobre a paz” que afirmava propor “o começo imediato das negociações de uma paz justa e democrática”.
Leia o capítulo sete que inclui o artigo: A luta dos povos oprimidos – Por Lucio da Costa
Segunda, 06 de novembro de 2017
INTERNACIONALISMO E REVOLUÇÃO
Em 1919, Lênin e o partido bolchevique fundaram a Internacional Comunista (IC) também conhecida como Terceira Internacional. A ruptura com a Internacional Socialista ou Segunda Internacional tinha acontecido em torno às as posições tomadas por diversas seções nacionais ou frações de partidos em relação à Primeira Guerra Mundial (1914-1918), caracterizada como guerra imperialista.
Leia o capítulo oito que inclui o artigo: A revolução e a questão negra – Por Cledisson Junior
Terça, 07 de novembro de 2017
INTERNACIONALISMO E REVOLUÇÃO
Em abril de 1918, as forças políticas derrotadas pela Revolução de Outubro deflagraram uma guerra civil contra o governo soviético. Os contrarrevolucionários contaram com apoio e participação ativa dos exércitos dos países imperialistas envolvidos na Grande Guerra. A Rússia revolucionária permaneceu literalmente isolada, cercada por frentes de batalha em grande parte de seus territórios de fronteiras.
Leia o capítulo nove que inclui o artigo: A Ciência como instrumento da Revolução – Por Margarida Salomão
Quarta, 08 de novembro de 2017
GUERRA CONTRA A REVOLUÇÃO
Dos mais de seis anos que Lenin esteve à frente da revolução, desde meados de 1921 sua capacidade de trabalho foi afetada por doenças e sequelas do atentado que sofreu em 1918. Entre maio de 1922, temporariamente, e dezembro desse ano, de forma definitiva, esteve prostrado em uma cadeira de rodas. Veio a falecer em 24 de janeiro de 1924.
Leia o capítulo dez que inclui o artigo: Ecologia e Anti-Ecologia – Por Alvaro Alencar e Regina Brunet
Quinta, 09 de novembro de 2017
O FALECIMENTO DE LENIN
Lenin morreu vítima de doenças vasculares que o afetavam há algum tempo no dia 21 de janeiro de 1924. Transcrevemos a seguir um episódio de seus últimos momentos de vida, que evidencia quanto ele estava ciente da batalha que a revolução estava travando.
Leia o capítulo onze que inclui o artigo: A permanência da paixão mais alegre – por Juarez Guimarães
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