Original em http://cut.org.br/noticias/12-concut-e-seus-desafios-2caa/
Escrito por: Érica Aragão
Com o objetivo de apresentar o 12º Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CONCUT) e uma proposta de chapa para a nova diretoria, a coletiva de imprensa realizada nesta quinta (1º) na sede da entidade contou com a presença de jornalistas da imprensa sindical e dirigentes.
A mesa da coletiva coordenada pela Secretária de Comunicação, Rosane Bertotti, contou com a presença do presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, vice-presidenta, Carmen Foro, secretário-geral, Sérgio Nobre, diretores executivos, Julio Turra e Daniel Gaio e o presidente da Central Sindical Internacional (CSI), João Felício.
O CONCUT acontecerá num momento político difícil para a classe trabalhadora. Pautas como a retirada de direitos, redução da maioridade penal, política econômica que penaliza o trabalhador, terceirização ampliada, entre outras, precisarão ser enfrentadas pela maior central da América Latina.
Para Vagner Freitas a apresentação da proposta de chapa com unidade entre as forças políticas da CUT uma semana antes do Congresso é uma inovação, mas também é estratégico. “O mais importante neste congresso será preparar a CUT, o movimento sindical, a esquerda brasileira para ultrapassar esta conjuntura difícil que estamos vivendo”, afirmou o presidente.
“Um congresso que vai discutir as saídas para a crise, do ponto de vista dos trabalhadores. A mudança da política econômica, para voltar pra geração de trabalho e renda. Vamos falar da não retirada de direitos, e sim da ampliação de direitos. Contra o golpismo, contra o retrocesso, contra a intolerância, pelo desenvolvimento da democracia. Vamos discutir os principais problemas da classe trabalhadora, com propostas de geração de emprego”, destacou Vagner.
Carmen Foro disse estar convicta de que a CUT vem cumprindo seu papel, não só pelo processo democrático do CONCUT, mas é que no mesmo dia da coletiva um dos itens da PEC das domésticas passou a valer. Trata-se de uma conquista da CUT e das mulheres trabalhadoras, já que mais de 90% das domésticas são mulheres. Ela aproveitou e lembrou também da grande conquista da paridade. “Temos muitos desafios em cumprir a paridade, porque não está resolvido o machismo, mas a paridade nos trará mais democracia dentro da CUT, pioneira neste processo, num momento desafiador de resistência”.
Sérgio Nobre destacou a importância da unidade no papel assertivo e combativo da CUT nos últimos tempos e disse que chegar no Congresso com uma proposta de chapa é um marco na história da CUT. “Que este Congresso seja um show de unidade, discussão política e que aponte caminhos para a sociedade brasileira”.
João Felício destacou a importância de todos os ramos estarem presentes nesta proposta de chapa, pois cria uma relação mais forte e aproxima os ramos com a Executiva Nacional. Ele também destacou a importância de ter o espaço do Congresso para discutir as estratégias de enfrentamento do conservadorismo. “Vai ajudar a fazer um debate profundo e fortalecer a CUT, no qual é tão forte internacionalmente. E não é forte apenas pelo tamanho, e sim pelas ações juntas com a sociedade”, afirmou Felício.
Júlio Turra destacou a importância da unidade com os movimentos sociais na resistência popular. “Precisaremos de unidade para enfrentar o conservadorismo e lutar por mais direitos e mais democracia”.
Daniel Gaio falou da importância do esforço da CUT de organizar 27 congressos com chapas fortalecidas para cumprir as tarefas do próximo período. “Esta nova diretoria terá um espelho para seguir, mas também terá a tarefa de superar o trabalho desta gestão do último período”.
Vagner Freitas falou também da importância da CUT em debater o Brasil que queremos. “Nós queremos é debater que Brasil nós vamos construir daqui pra frente e nosso papel é construir um Brasil com liberdade, com respeito à todos cidadãos, respeito ao trabalho, ao mundo do trabalho, que valorize o trabalhador e a trabalhadora”, finalizou o presidente.
Sobre o CONCUT
O CONCUT será realizado entre os dias 13 e 17 de outubro no Centro de Convenções Anhembi, em São Paulo com participação de mais de 2.500 delegados e delegadas.
O Congresso inicia com um Seminário Internacional, que contará com a presença de cerca 200 representantes sindicais, de mais de 71 países.
O CONCUT, que começou em março com as etapas estaduais, teve como objetivo um amplo debate da conjuntura nacional, internacional e estadual com os trabalhadores e trabalhadoras. Foram feitas assembleias de base e 27 Congressos em todos os estados brasileiros, que discutiram temas como Educação, Trabalho e Democracia e elegeram suas executivas, agora compostas 50% mulheres e 50% homens, fazendo valer a paridade (resolução do 11º Congresso, em 2012), critério que se aplica na nova direção nacional.
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