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A luta dos trabalhadores contra os crimes da Vale em Brumadinho-MG


Companheiros e companheiras,

desde a sexta-feira (25) temos acompanhado, num misto de tristeza, indignação e esperança, as operações de resgate das vítimas de mais um crime praticado pela Vale S.A.

Nossos companheiros/as do MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens têm feito um importante trabalho de solidariedade local e informado a todos/as da situação por seus canais no Facebook, Twitter e Instagram, desde o ponto de vista das vítimas e não da empresa criminosa, ou do governo negligente.

Para Daniel Gaio, dirigente da CSD – CUT Socialista e Democrática e Secretário Nacional de Meio Ambiente da CUT “a tragédia de Mariana irresponsável e criminosamente se repete e desta vez, além do irremediável dano ambiental, o número de vítimas fatais já supera o do crime da Samarco e, passadas mais de 48 horas de buscas, o número de mais de 300 desaparecidos é aterrorizante.”

A Vale S.A. já foi uma estatal brasileira, privatizada nos anos 1990 durante o governo FHC por um valor irrisório, hoje é uma transnacional e uma das maiores empresas de mineração do mundo. Controlada por bancos e pelo capital financeiro, a empresa é o exemplo mais nítido e nefasto de um modelo econômico que, camuflado na impessoalidade dos “acionistas”, esconde a ganância dos que buscam o lucro acima de tudo.

Antes de mostrar sua face mais monstruosa, em tragédias sem precedentes como as de Mariana e Brumadinho, esse modelo de negócio já fez muito estrago, através do lobby anti-regulação junto a parlamentos e governantes, da irresponsabilidade ambiental e em matéria de segurança do trabalho, da perseguição a populações prejudicadas por seus projetos, da superexploração de seus trabalhadores/as com a terceirização crescente, extenuantes jornadas e desqualificação do corpo técnico como forma de reduzir custos. “É preciso errar muito, sob vários aspectos, para produzir tragédias como essa que estamos assistindo. Não é uma desgraça do acaso”, diz Daniel. “Por isso não podemos permitir que, mais uma vez, aqueles que tem responsabilidade por esse crime saiam impunes. Temos que lutar por reparação imediata a todos os prejudicados. Mais do que isso não podemos mais tolerar esse modelo atrasado e assassino de expropriação do nosso subsolo”, completa o dirigente.

A Direção Executiva Nacional da CUT – Central Única dos Trabalhadores divulgou hoje uma nota política a qual recomendamos a leitura.

Com esperança,
CSD – CUT Socialista e Democrática

NOTA DA CUT: Não foi tragédia, foi crime: https://www.cut.org.br/noticias/nao-foi-tragedia-foi-crime-4bf1

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